(Foto: Felipe Gibson/G1)
O diretor de Polícia da Grande Natal
(Dpgran), delegado Odilon Teodósio dos Santos Filho, foi afastado do cargo na
manhã desta quarta-feira (22) após a veiculação de um vídeo onde ele aparece
usando um carro da polícia para ir a um restaurante e a um motel com uma
adolescente. A Corregedoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública e
Defesa Social (Sesed) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte investigam se houve improbidade administrativa
por parte do delegado. Procurado pelo G1, Odilon Teodósio
limitou-se a dizer que a denúncia é falsa.
Além de Odilon, o adjunto dele,
Alexandro Gomes dos Santos, também foi afastado do cargo. Ele foi filmado
usando o carro da polícia para ir a uma faculdade particular de Natal onde é professor.
O delegado-geral adjunto de Polícia
Civil, Adson Kepler Monteiro Maia, disse que os dois delegados pediram
afastamento dos cargos. "Eles solicitaram para deixar as funções que
ocupavam para garantir a lisura das investigações. A Delegacia Geral já
solicitou que a Corregedoria de Polícia apure essa denúncia. O que posso
afirmar é que essa não é uma prática usual da Polícia Civil do Rio Grande do
Norte", falou.
O carro usado por Odilon Teodósio
para ir a um restaurante e a um motel é um Ford Fiesta branco de placas
NNY-0273, registrado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em nome da
Polícia Civil e que deveria ser usado "estritamente em serviço reservado
de caráter policial", conforme documento expedido pelo Detran.
O delegado Adson Kepler disse que a
corregedoria deverá ouvir Odilon Teodósio, a mulher filmada com ele, e
Alexandro Santos.
O mesmo procedimento será adotado
pelo Ministério Público. O promotor do Patrimônio Público Paulo Lopes Batista
disse que a denúncia de mau uso de carros de polícia por partes dos delegados
já chegou ao MP. "A denúncia já está aqui conosco. Houve a distribuição e
eu fui sorteado para analisar se devemos ou não instaurar um inquérito civil.
Somente com o decorrer das investigações é que poderemos dizer se houve ou não
improbidade administrativa e que tipo de punição poderia ser dada aos
delegados".
Fonte: G1 RN