O ministro da Fazenda, Guido Mantega, calcula que o reajuste no preço da
gasolina será menor para o consumidor e chegará a cerca de 4%. Segundo ele,
isso deverá ocorrer porque a gasolina vendida nas bombas conta ainda com um
percentual de álcool.
Ontem (29), a Petrobras anunciou um aumento de 6,6% no preço da
gasolina comum (Gasolina A) e de 5,4% no preço do óleo diesel nas
refinarias da companhia em todo o país a partir de hoje (30). Segundo a
empresa, o reajuste foi definido levando em consideração a política de buscar
alinhar os preços dos derivados aos praticados no mercado internacional.
O ministro não quis antecipar se ao longo do ano haverá um novo reajuste
da gasolina. Segundo ele, o aumento é uma política determinada pela Petrobras.
“Depende do preço internacional do petróleo e uma série de outros fatores. Não
sou eu que defino isso. Eu busco até não comentar esse assunto, que é da
Petrobras”, disse o ministro logo após participar, na manhã de hoje (30), do Encontro Nacional de Novos
Prefeitos e Prefeitas, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em
Brasília.
Ele lembrou que no ano passado foi feito mais de um reajuste no preço do
combustível – o que não significa “que esse ano haverá novos”. O reajuste de
2012, no entanto, não foi sentido pelos consumidores porque o governo terminou
“zerando” a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), tributo
cobrado sobre o preço do produto.
A última ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) tinha antecipado que a projeção de reajuste no preço da gasolina se situaria em
torno de 5% para o acumulado de 2013.
No final do ano, o ministro Guido Mantega também tinha admitido que a
Petrobras “certamente” iria fazer um reajuste
no preço da gasolina este ano, com impacto na bomba. Segundo
ele, não se trata de uma medida excepcional, já que houve um reajuste no preço
dos combustíveis em 2012.