O Banco
Central (BC) já recolheu este ano, até abril, 96.464 cédulas de real
falsificadas. A maior parte delas no Rio de Janeiro (26.055) e São Paulo
(10.707). Em todo o ano passado, foram tiradas de circulação 509.597, no país.
Depois de receber notas falsas, a comerciante Rita Maria
Pereira da Cruz, 31 anos, chegou a comprar um aparelho que identifica notas
falsas, mas quase não usa o instrumento porque demora para ligar e “atrasa o
serviço”. Ela contou que recebeu notas falsas de R$ 100, R$ 50 e R$ 10 na
lanchonete dela, que só aceita dinheiro como meio de pagamento. Rita ressaltou
que as notas falsas são recebidas quando há muito movimento na lanchonete e
assim não consegue “dar muita atenção a detalhes” do dinheiro.
O taxista Raimundo Nonato, 50 anos, também enfrenta o problema no
dia a dia e, na pressa de guardar a nota e entregar o troco rapidamente para os
clientes, por questões de segurança, não consegue avaliar as notas que recebe.
Ele já recebeu uma nota falsa de R$ 10.
De acordo com os dados do BC, a maior parte das cédulas recolhidas
são dos valores maiores. Neste ano, até abril, o maior número de notas
falsificadas recolhidas foi de R$ 50, no total de 23.013 cédulas, no país.
Também há muito registro de notas falsas de R$ 100 da primeira (21.849) e da
segunda família do real (21.690).
No site, do BC há orientações sobre como verificar se o dinheiro
recebido é falso. Segundo o BC, ninguém é obrigado a receber notas falas. Caso,
haja desconfiança sobre a cédula é possível recusar o recebimento. A orientação
para quem já recebeu um nota suspeita de ser falsa é entreguar o dinheiro em
uma agência bancária que vai encaminhar a cédula para a análise do BC. Não há
troca por notas verdadeiras, de acordo com o BC.
Fonte: Agência Brasil