Paginas

quarta-feira, 8 de maio de 2013

BOLSA CRACK: São Paulo vai dar auxílio mensal de R$ 1.350 para dependentes químicos


Programa está em fase de finalização no governo paulista e prevê a bolsa para famílias de viciados.

O governador de São PauloGeraldo Alckmin (PSDB), está prestes a concluir um novo pacote de ações para combater a violência e o avanço das drogas no Estado. Entre as principais medidas estará a transferência direta de dinheiro para a recuperação de dependentes de cracke o incremento de 6.500 policiais no patrulhamento das ruas. O programa será batizado de Cartão Recomeço e a transferência de renda deverá ser feita por meio de um cartão similar aos utilizados no sistema bancário.

A ação de combate às drogas será semelhante à adotada pelo governo tucano de Minas Gerais, o Cartão Aliança pela Vida. Iniciativas como essa ganharam o apelido de “bolsa crack” ou “cartão crack”. O cartão tornará disponível a quantia de R$ 1.350 mensais para as famílias dos dependentes (em Minas o valor é de R$ 900) e esse dinheiro só poderá ser utilizado no tratamento dos dependentes porque será repassado diretamente para as clínicas de reabilitação. No total, até 3 mil famílias poderão ser beneficiadas em todo o Estado São Paulo. Todos os detalhes do programa serão apresentados na quinta-feira pelo governo Geraldo Alckmin.

Os detalhes finais do programa estão sendo preparados pela Secretaria de Desenvolvimento Social, comandada por Rodrigo Garcia. Como contrapartida, o dinheiro terá de ser utilizado pelas famílias em ações que envolvam e complementem o tratamento dos dependentes. 



Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada na semana passada mostrou que 45% dos paulistanos apontam o envolvimento de jovens da família com tóxicos como seu maior medo, seguido do temor da violência urbana. No começo deste ano, o governo paulista deu início à internação compulsória dos viciados em crack, que também foi respaldada pela população conforme outra pesquisa. O Cartão Recomeço será, segundo o Palácio dos Bandeirantes, uma medida complementar ao programa de internação. Ambos devem fazer parte do “atendimento diferenciado aos dependentes químicos”, uma das bandeiras do governador.

No final do ano passado, a prefeitura do Rio de Janeiro também anunciou o lançamento da ajuda financeira a dependentes, mas a iniciativa até agora não foi colocada em prática.