Depois de fechar o segundo trimestre do ano com um prejuízo de R$ 1,3 bilhão,
o pior resultado dos últimos 14 anos, a Petrobras fechou o terceiro trimestre
do ano com um lucro líquido de R$ 5,56 bilhões.
Com o resultado, o lucro líquido acumulado, nos primeiros
nove meses do ano (janeiro a setembro), ficou em R$ 13,43 bilhões – 52%
inferior ao do mesmo período de 2011 e refletindo a depreciação cambial. O
terceiro trimestre também ficou 12,1% abaixo do resultado de igual período do
ano passado, mas 36% maior do que o prejuízo verificado no trimestre
imediatamente anterior.
Em comunicado divulgado ao mercado, a presidenta da
Petrobras, Maria das Graças Foster, avalia que a reversão do resultado em
relação ao trimestre anterior “está relacionada aos reajustes nos preços da
gasolina e do diesel, feitos em junho e julho deste ano [que somaram,
respectivamente, 7,83% e 9,94%], ao aumento da produção de diesel das
refinarias da empresa, ao menores gastos com baixas de poços secos ou
subcomerciais e à estabilidade cambial”.
As informações indicam que a utilização da capacidade
nominal das refinarias brasileiras atingiu 98%, com maximização da produção de
diesel. Houve aumento de 2% na carga fresca processada e recorde de
processamento no dia 12 de agosto, quando a carga total processada foi 2
milhões e 101 mil barris por dia.
Já a produção total de petróleo e gás natural, no Brasil
e no exterior, permaneceu estável em comparação a 2011. No entanto, a produção
doméstica de petróleo é inferior à do mesmo período do ano passado (-2%), em
função principalmente de paradas operacionais.