Brasília - O ministro do Turismo,
Gastão Vieira, disse hoje (21) que o governo tem mecanismos para punir os
empresários do setor hoteleiro que aumentarem de forma abusiva os preços das
diárias devido à realização da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas.
O ministro ponderou, no entanto, que o governo está dialogando com o setor para
se antecipar a eventuais problemas.
“Desde
o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] até o Ministério da
Justiça, há todo um conjunto de órgãos governamentais e uma legislação
específica para punir esse tipo de abuso”, disse Gastão depois de encontro com
o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN). Ele destacou que o
país não pode ser prejudicado apenas por questões de mercado.
“Decidimos,
juntamente com os empresários, que esses grandes eventos não podem ser
atropelados por questões de mercado. Estamos nos reunindo com todos eles, em
todas as cidades-sede. Estivemos em São Paulo, estamos hoje em Brasília e vamos
viajar o país inteiro, antecipando os fatos.”
O ministro ressaltou que o diálogo com o setor servirá para evitar problemas,
como os que ocorreram antes da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, quando houve uma súbita alta dos preços
das diárias.
“Tivemos
um problema na Rio+20 e o governo fez uma intervenção para tentar conter os
preços que estavam ficando abusivos. Conseguimos um bom entendimento com o
setor hoteleiro do Rio de Janeiro e, com isso, no momento da Rio+20, as diárias
foram, para um patamar de mercado”, lembrou.
A
partir de agora, disse o ministro, será feito um acompanhamento dos preços, de
forma conjunta com o setor, para controlar os valores a serem cobrados. “Vamos
fazer esse trabalho conjuntamente, o governo – o Ministério do Turismo e a
Embratur [Instituto Brasileiro de Turismo] - com o setor privado, os donos dos
hotéis e as entidades que representam o setor. Acho que vamos chegar a um
entendimento tão bom como aconteceu na Rio+20.”
Sobre
os preços das passagens aéreas, Gastão Vieira frisou que haverá um trabalho
para aumentar a oferta de assentos e, com isso, reduzir os valores cobrados
pelas empresas.
“Estamos
criando programas para que, na baixa estação, os brasileiros viajem. Seja com
financiamento público ou outro tipo de financiamento, para que também na baixa
estação se tenha um nível de ocupação bom que permita às empresas aéreas
manterem os preços de forma razoável.”
Fonte: Agência Brasil