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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Copa 2014: 40% das obras ainda não saíram do papel.

 


Segundo levantamento divulgado ontem pelo governo federal, apenas 5% das intervenções estão prontas.

Balanço do governo federal apresentado ontem mostra que 40% das 101 obras da Copa do Mundo de 2014 nas 12 cidades-sede ainda não começaram. Apenas 5% das intervenções previstas já foram concluídas, apesar do Brasil estar a pouco mais de dois anos de receber o Mundial.

O plano do governo é garantir que, até 2013, 85% de todos os projetos estejam concluídos. Outras 17 obras devem ficar prontas apenas no ano do Mundial, em um total de R$ 27 bilhões investidos para a infraestrutura do evento da Fifa.

O governo é otimista com o andamento das obras e nega atrasos. O levantamento inclui estádios, aeroportos, obras de transporte público e portos. Apesar do otimismo, há 15 obras que nem começaram a ser licitadas.

"Não sei porque o preconceito com obras no papel. Uma coisa tão importante na vida das pessoas não sai do papel, que é a notícia. O que está no papel não significa atraso", disse o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

As obras de mobilidade urbana, especificamente, devem ter 80% das 51 obras finalizadas até 2013, segundo o governo. Outros dez projetos serão concluídos apenas no ano do Mundial. Até agora, contudo, 45% dessas obras nem começaram.

O quadro apontado pelo Ministério do Esporte também se reflete em Fortaleza. Das obras de mobilidade previstas para a Capital e incluídas na matriz de responsabilidade assinada com o governo federal, apenas o Castelão está em estágio avançado.

As intervenções na Via Expressa e nas avenidas Alberto Craveiro, Dedé Brasil, Raul Barbosa e Paulino Rocha tiveram as ordens de serviço assinadas no último mês de janeiro.

Só duas

Dessas, as obras começaram, efetivamente, apenas na Dedé Brasil e na Alberto Craveiro. O túnel de ligação com a Paulino Rocha (em frente ao Castelão) chegou a ter as obras iniciadas este mês, mas parou por conta da desistência da construtora Delta.

Intervenções essenciais como o veículo leve sobre trilhos (VLT) que ligará a Parangaba ao Mucuripe e a ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins também não começaram.

A construção das estações Padre Cícero e Juscelino Kubitschek, previstas na Linha Sul do Metrofor, continua no papel.

Destaque mesmo só para as obras do estádio Castelão, apresentadas no balanço do governo federal como as mais adiantadas entre os 12 estádios.

O levantamento, que toma como base o mês de abril, mostra o Castelão 62% concluído. No entanto, conforme o relatório do consórcio construtor, divulgado ontem, o percentual já alcançou 70,11% de execução.

As arenas de Belo Horizonte, Brasília e Salvador também superaram 50% de execução. Cuiabá e Recife são as mais atrasadas.

DINHEIRO PÚBLICO

1 bilhão de reais é a marca já superada em financiamentos do BNDES para as arenas, embora elas sejam de responsabilidade dos Estados ou clubes.