Paginas

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Maracanaú / CE: Mãe confessa ter matado a filha

 Clique para Ampliar

Uma mulher, acusada de espancar a filha, de 7 anos, até a morte, Zácla Patrícia Moura da Silva, 23, confessou o crime. A acusada se apresentou, terça-feira última, na Delegacia Metropolitana de Maracanaú e, ontem, foi encaminhada ao 29ºDP (Pajuçara), onde o inquérito foi aberto, para formalizar sua declaração.

Zácla contou passo a passo o que havia feito. Segundo ela, estava irritada porque a filha, Gabriela de Moura Carvalho, chorava e vomitava muito. Disse ainda que "não percebeu" que estava apertando a garganta da menina com tanta força. O laudo do IML dirá se a causa da morte da criança foi espancamento ou asfixia mecânica causada por estrangulamento ou esganadura.

Outras acusações

O delegado Vicente Ferreira, titular do 29ºDP, aponta a acusada como "fria e cínica. Ela é uma das pessoas de pior índole que já vi. Um monstro de saia. Quando cheguei ao local do crime, perguntei a ela pelos responsáveis pela casa, pois ela sorria. Nunca pensei que fosse a mãe da criança morta. Na hora da realização da perícia no local, a perita chegou a repreendê-la para parar de rir e responder sobre as marcas no corpo da Gabriela", afirmou.

O delegado disse que Zácla foi à delegacia acompanhada da mãe, Maria do Socorro Moura, que se mostrou bastante abatida. Segundo ela, a filha morava em Braslândia, no Distrito Federal, e veio mora em Maracanaú, há pouco mais de um mês, na casa da irmã, Daniela de Moura Silva. A irmã lhe deu morada e, em troca, ela deveria cuidar dos sobrinhos.

Maria do Socorro disse que Zácla maltratava um dos sobrinhos e sua outra filha. Ela teria ferido o menino, nas costas, com um ferro de engomar; e abusava sexualmente de sua outra filha, de quatro anos. A mãe da acusada disse ainda, que suspeita que a filha tenha planejado a morte do marido em Braslândia. Segundo ela, o homem morreu repentinamente e não sofria de nenhuma doença grave. O delegado já enviou à Justiça uma representação pedindo a prisão preventiva de Zácla. Além disto, pede que a Justiça dê a avó a guarda da outra filha, que, supostamente, sofreu abusos da mãe. "Temo que ela também possa ser assassinada. Zácla não tem limites", disse Ferreira.

Qualificado

A acusada foi indiciada por homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, tortura, por ser planejado e não dar condição de defesa da vítima. Caso sejam confirmados os abusos, será indiciada por estupro de vulnerável.