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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

'Eu pedi pra ele não sair', diz mulher do policial Gurgel que levou tiro de fuzil.

Por Anderson Barbosa


Soldado José Gurgel, 29 anos, levou tiro de fuzil durante confronto em Apodi. Mulher conta que ele, mesmo de folga, saiu de casa para defender a cidade.

'Nós estávamos em casa, dormindo. Então começou o barulho dos tiros e eu pedi pra ele não sair. Mas ele foi defender a cidade'. As palavras são da dona de casa Amália Michele, mulher do soldado da Polícia Militar José Gurgel Pinto, de 29 anos, baleado por tiros de fuzil na madrugada desta terça-feira (12) durante confronto com criminosos que explodiram a agência do Banco do Brasil em Apodi, cidade da região Oeste do Rio Grande do Norte. Dinamites foram usadas para detonar o cofre principal do banco e cerca de R$ 800 mil foram levados, segundo estimativa do delegado da cidade. O policial foi o único ferido durante a troca de tiros. Segundo a mulher, Gurgel estava de folga, mas mesmo assim decidiu ir às ruas para dar apoio aos colegas de farda.

Após ser baleado nas duas pernas, o soldado Gurgel foi socorrido para o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. “Foram seis horas de cirurgia. Graças a Deus ele está bem, mas os médicos ainda não podem garantir que ele vai recuperar os movimentos”, disse a mulher.

Ao G1, Amália contou que o tiro de fuzil fez um estrago muito grande na perna direita. A perna esquerda foi atingida por estilhaços, mas não precisou de intervenção cirúrgica”, explicou. “A perna direita ele quase perde. Foi preciso fazer toda a reconstituição dos vasos sanguíneos. A princípio, os médicos disseram que está descartada a possibilidade de amputação, mas também não há certeza quanto à sensibilidade”, acrescentou.

Amália disse também que ainda não há prazo para que o marido deixe o hospital. “Vai ser uma recuperação muito longa, mas eu estarei aqui, do lado dele, para dar força neste momento muito difícil”, concluiu. Ela e o soldado são casados há um ano e não têm filhos.

Fonte: g1.globo.com