Paginas

segunda-feira, 10 de junho de 2013

RN: Muitos projetos, poucas obras

 

Do R$ 1,7 bilhão em recursos federais que serão destinados ao Rio Grande do Norte para investimentos em áreas diversas, conforme anunciado pela presidenta Dilma Rousseff na segunda-feira, 3 de junho,  R$ 370 milhões serão consumidos por três obras de infraestrutura de tráfego: Viaduto do Gancho de Igapó, duplicação de parte da BR-304 (incluindo a Reta Tabajara) e a adequação das marginais da BR-101/Sul. Esta, porém, é apenas uma fatia do recheado bolo de investimentos em infraestrutura de tráfego para o Estado. Somados, os recursos para as obras com este perfil cuja responsabilidade recai sobre União, Governo do Estado e Prefeitura de Natal, chegam a R$ 1,1 bilhão.  Das nove obras elencadas pela TN para a composição desta reportagem, somente uma está, de fato, em execução física, que é a intervenção da Avenida Omar O’Grady, cuja previsão do Departamento de Estradas de Rodagem do RN (DER/RN), é que seja entregue até o final deste mês.  

As oito intervenções restantes, estão em fase de licitação. Os valores de alguns projetos, inclusive, poderão sofrer ágio, como é o caso do recém-anunciado Viaduto da BR 101, em Nova Parnamirim. O custo final das obras não foi confirmado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/RN), sob a argumentação que, conforme o dispositivo que  regulamenta o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), os valores da obra não podem ser publicizados.  Do mesmo modo, o custo final da adequação da Avenida Engenheiro Roberto Freire não foi confirmado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (SIN), sob a mesma argumentação do DNIT. 


Copa 2014

As obras de mobilidade urbana de Natal, atrasadas desde 2009, tiveram o projeto executivo do Lote 1 – que contempla mudanças ao longo da Avenida Felizardo Moura até a Avenida Capitão Mor Gouveia - refeito pela atual gestão municipal. O documento foi entregue na quinta-feira passada ao Setor de Engenharia da Caixa Econômica Federal para avaliação e liberação para início das obras. 

 De acordo com Alexandre Duarte, coordenador da Copa do Mundo em Natal, até mesmo o contrato firmado pela gestão anterior com a EIT Engenharia para a execução das obras, deverá passar por ajustes. A expectativa é de que todo o trâmite burocrático esteja sanado até o final deste mês e as obras comecem em julho. O Município deverá arcar com aproximadamente R$ 15,4 milhões em contrapartida. A União arcará com R$ 293 milhões.

 No dia 30 de maio, a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) abriu licitação para contratação de empresa que deverá executar o Lote 2 – que contemplam as intervenções no entorno da Arena das Dunas. As propostas serão abertas no dia 19 deste mês e as empresas deverão atender ao que é preconizado pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC). 

 O Lote 3 das obras, que incluem as modificações e adequações em calçadas, sinalização vertical e horizontal, além da construção dos novos pontos de ônibus, também está em vias de conclusão, com abertura das propostas marcada para o próximo dia 16. “Nossa previsão é de que tudo seja entregue em maio do próximo ano”, assegura Alexandre Duarte. 

Estado

 No que tange às obras sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura, a titular da pasta, Kátia Pinto, esclarece que o procedimento do Pró-Transporte ocorreu dentro do programado, somente com um pedido de postergação de prazo. Contudo, a abertura das propostas de preços está marcada para o próximo dia 14 e possibilidade de início das obras em julho. A Caixa Econômica Federal, porém, ainda avaliará o processo antes de liberar os recursos. Para as obras do Pró-Transporte, 31 empresas retiraram o edital. Nove delas efetuaram o depósito caução e quatro (3 potiguares e uma brasiliense) chegaram à fase final.

Em relação às adequações na Avenida Engenheiro Roberto Freire, a conclusão da escolha da empresa que executará a obra deverá ocorrer ainda esse mês. As propostas serão abertas no dia 21. Para tais obras, 16 empresas retiraram o edital, que ainda está à disposição de empreiteiras ao custo de R$ 50. Kátia Pinto destaca que o processo da Roberto Freire é mais simples, pois está contemplado no Regime Diferenciado de Contratação (RDC).