Nos primeiros seis dias da Operação Metrópole Segura que a Polícia Militar vem realizando para coibir a criminalidade na Grande Natal, houve abordagem a 7.198 veículos, que transportavam 34.068 pessoas. Apesar da grandiosidade dos números, no período de 8 a 13 de fevereiro a PM efetuou a prisão de 21 pessoas, das quais seis eram foragidos de estabelecimentos penais e três tinham mandado de prisão expedido pela Justiça, enquanto 13 foram presos em flagrante delito ou em situação suspeita. "A gente prendeu uma pessoa armada dentro de um ônibus", exemplificou o comandante da PM, coronel Francisco Araújo Silva, que positivo os primeiros resultados da operação deflagrada depois que uma onda de assaltos tomou conta de Natal, na semana passada.
Para ele, o pequeno volume de armas e drogas apreendidas, além da prisão de 21 pessoas que podiam estar assaltando, é uma demonstração que nos primeiros dias da Operação Metrópole Segura "não houve nenhuma ocorrência criminal de natureza grave". Araújo Silva conta também, como saldo a favor da operação, as prisões dos três assaltantes acusados de envolvimento no roubo e de terem alvejado a tiros três pessoas numa padaria em Neópolis e na captura de dois suspeitos ao assalto à agência do banco Itaú, na marginal da BR-101, em Lagoa Nova.
Mesmo assim, no começo da noite de ontem, mais uma ocorrência chamou à atenção da população - o assalto a uma casa lotérica situada na avenida das Alagoas, no conjunto Jiqui e logo depois do túnel de Neópolis, de onde levaram dinheiro e a arma do vigilante.
O Comandante da PM disse que a operação, que começou com o acréscimo de 400 policiais aos 800 que já faziam o policiamento ostensivo na Região Metropolitana de Natal (RMN) vai continuar "até que a população se sinta segura." No entanto, o coronel Araújo Silva lamenta que algumas pessoas, inclusive no uso das redes sociais na internet ou também ao telefonarem passando trote para o serviço 190, "venham contribuindo com um desserviço à sociedade", quando relatam ocorrências criminais que não está havendo em Natal e outras cidades vizinhas.
Araújo Silva deu o exemplo dos boatos de que um carro-forte tinha sido assaltado no fim de semana, no pátio de uma grande rede atacadista, que 90 presidiários tinham fugido de Alcaçuz na noite de anteontem ou que havia ocorrido um assalto, ontem de manhã, a uma agência bancária da avenida Deodoro ou mesmo um assalto a uma grande lanchonete da avenida Prudente de Morais.