No início
da madrugada de ontem (21/04/2013), 23 dos 26 policiais militares acusados da
morte de 15 detentos no Massacre do Carandiru foram condenados pelo Tribunal do
Júri. O juiz José Augusto Nardy Marzagão, que presidiu o julgamento, fixou a
pena em em 156 anos de reclusão para cada um, em regime inicial fechado.
Os réus podem recorrer em liberdade. Roberto Alberto da Silva, Eduardo Espósito
e Maurício Marchese Rodrigues foram absolvidos.
O julgamento durou seis dias, após um
jurado passou mal na noite do segundo dia e os trabalhos ficaram suspensos por
um dia e meio.
O Massacre do Carandiru é conhecido como
o maior massacre do sistema penitenciário brasileiro e ocorreu no dia 2 de
outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante
a invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do Presídio do
Carandiru.
O único envolvido cujo julgamento chegou
ao final, coronel Ubiratan Guimarães, foi inocentado pelo Tribunal de Justiça
de São Paulo em fevereiro de 2006. Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de
prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros vítimas na invasão do complexo
penitenciário do Carandiru. O militar foi assassinado em setembro de 2006, em
crime do qual a namorada foi acusada e depois absolvida (em novembro do ano
passado), por falta de provas.
Fonte: Agência Brasil