O dia de ontem, assim como na última quarta-feira, amanheceu com forte chuva em Natal. Os problemas causados pela água continuam atormentando os natalenses. Além de alagamentos, atrapalhar o trânsito e abrir crateras, a chuva foi a responsável, mais uma vez, pelo desabamento do muro que cerca o cemitério do bairro Pajuçara, zona Norte da capital.
O cemitério está localizado na esquina da avenida Moema Tinoco com a rua Açude Santa Rita de Cássia. Ironicamente, ao lado da placa de identificação da rua, sempre que chove, uma poça de lama se forma . "Isso aqui é verdadeiramente um açude. Se chover, enche de água. É sempre assim. Já chamamos todas as secretarias da prefeitura e nada é feito", disse Jeferson Andrade, auxiliar administrativo e morador do local.
Segundo informações dos moradores, o muro caiu na noite de quarta-feira passada. Com a força da queda dos tijolos, alguns túmulos foram atingidos e ficaram parcialmente destruídos. Na manhã de ontem, as marcas da destruição ainda eram visíveis. Tijolos estavam espalhados, cruzes amassadas e tampas de túmulos quebradas. "E agora, quem vai pagar por esse prejuízo? Se não respeitam os vivos, imagine mesmo os mortos. Pior que isso não é a primeira vez que ocorre. Há alguns anos, a força da água foi tão grande que ficaram ossos boiando no meio do cemitério. Vamos esperar que algo seja feito dessa vez", afirmou Andrade.
A secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), através de nota enviada à imprensa, afirmou que vai iniciar, na próxima segunda-feira, a reconstrução do muro. Segundo a nota, assim que foi informado do ocorrido, o secretário titular da Semsur, Luís Antônio Lopes, determinou que os reparos fossem realizados de imediato. A Semsur afirmou que o muro será totalmente reconstruído. A previsão é que obras sejam concluídas em 10 dias caso não aconteçam novas chuvas fortes.