A segurança pública em Mossoró, como é comum a praticamente todo o estado do Rio Grande do Norte, não é um padrão suíço. Está ruim? Mas pode piorar. Leia o que o Blog apurou.
O imóvel em que está acomodado o 12º Batalhão de Polícia Militar, às margens da BR-304 (saída para Natal), poderá sofrer intervenção judicial. Essa unidade militar tende a ser despejada, porque o Governo do Estado até hoje não pagou sequer um mês de sua locação, desde setembro de 2011.
O proprietário – Assis Barbosa – acertou o aluguel em agosto do ano passado (dia 20) e investiu cerca de R$ 15 mil para adequação do imóvel às necessidades dos militares. O Estado comprometeu-se a pagar R$ 7,5 mil/mês. Até hoje não caiu uma pataca na conta do locador.
Em face disso, o proprietário articula ação judicial para despejar a tropa. Cansou de ser ludibriado. Esteve algumas vezes com representantes do governo, como o chefe de Gabinete Civil, José Anselmo Carvalho, mas ouviu a potoca de sempre: promessas.
O batalhão foi inaugurado com pompas e mentiras no dia 30 de setembro do ano passado. Esclareço: houve festa ruidosa do governo, anunciando que o 12º BPM teria 606 militares. Falsa informação que foi levada à propaganda, até que tudo foi desmascarado em postagens deste Blog e outros setores da mídia.
Em entrevista a este Blog, o próprio comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Araújo, dissera antes que começaria com cerca de 80 homens (veja matéria AQUI) e no máximo chegaria “gradualmente” a 200 policiais.
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) repercutiu as matérias e ajudou sobremodo a resgatar a verdade. O marketing do Governo Rosalba Ciarlini (DEM) foi impelido a retirar as peças do ar, refazendo-as em números mais modestos, mesmo que ainda irreais.
Acuado, o governo mudou os números da propaganda e da informação em suas matérias oficiais, mas continuou mentindo e omitindo certos detalhes. Não informou que o 12º BPM era na verdade o desmembramento do 2º BPM já existente há décadas na cidade. Este funcionava com apenas cerca de 40% de suas necessidades em termo de tropa. Portanto, haveria simples divisão do batalhão em funcionamento, deixando ambos em atividade precária.
Apesar da “gambiarra”, o 12º BPM tem sido muito útil. Funcionando. Despejado, não!
