Os professores da UERN deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão, tomada em assembleia realizada nesta quinta-feira, deve-se ao não cumprimento do acordo firmado entre o Governo do Estado e a ADUERN em setembro do ano passado, por ocasião do fim da greve de 106 dias na Universidade.
Na assembleia, os professores tomaram conhecimento do resultado da reunião com a governadora Rosalba Ciarlini realizada na noite de quarta. Na ocasião, o governo reconheceu a legitimidade do acordo celebrado, mas disse não ser possível efetuar imediatamente o reajuste prometido em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na mesma reunião, o Governo comprometeu-se a encaminhar para a Assembleia Legislativa projeto de lei ajustando os salários dos professores e técnicos administrativos da UERN, condicionando, entretanto, o início do pagamento quando o Estado saísse do limite prudencial, ou seja, sem garantia nenhuma de efetividade. De forma a esclarecer quanto à operacionalização desse possível pagamento, o governo enviará para a ADUERN documento contendo as intenções anunciadas.
“Da forma como foi colocada a proposta do governo, sem nenhum prazo para o pagamento, ficava muito difícil a aceitação por parte da categoria, que decidiu manter um canal de diálogo aberto, mas com as atividades paralisadas”, explica o professor Flaubert Torquato, presidente da ADUERN.