Nesta semana, membros da diretoria da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte foram até o município de Brejinho, onde visitaram o Destacamento da PM. O presidente da ACS, soldado Roberto, o vice-presidente, Cabo Queiroz, e o advogado Alday constataram irregularidades na estrutura física da unidade, bem como viram que os policiais militares também estão trabalhando como carcereiros e tiveram alimentação suspensa.
A visita foi realizada na quinta-feira (16). “Dá pra ver que o problema prisional do Rio Grande do Norte vai muito além dos presídios. Lá em Brejinho, os policiais militares, além das dificuldades enfrentadas para realizarem o policiamento da cidade, como a falta de estrutura e efetivo, tendo em vista que são apenas dois policiais diários mais um sargento, eles também fazem o serviço de guarda carcerária”, informa o soldado Roberto Campos.
Atualmente, dez presos estão no Destacamento, entre provisórios e sentenciados. “A estrutura em que eles ficam foi feita de maneira improvisada, não tem ventilação, apresenta infiltração e mofo. Tudo isso em um espaço que não é maior que 3m x 3m. Pra completar, a alimentação tantos dos policiais quanto dos presos foi suspensa”, completa o presidente da ACS.
Os integrantes da Associação dos Cabos e Soldados foram informados que a alimentação dos policiais é doada pelos comerciantes da cidade e a dos presos é trazida pelos familiares. “Os policiais estão deixando de trabalhar em sua atividade fim para ficar fazendo guarda de presos”.
Hoje, o município de Brejinho tem uma população aproximada de 11,5 mil habitantes, que sofrem com a falta de policiais suficientes. “Entregaremos o relatório da situação ao Comando Geral da Polícia Militar, bem como ao Ministério Público Estadual, com a esperança que seja dada uma solução o mais breve e que os policiais possam exercer de fato suas funções, dando a população uma maior sensação de segurança”, destaca Roberto Campos.