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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ex-capitão PM julgado pelo duplo assassinato

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Daniel bezerra está preso desde o dia do crime. Por medida de segurança, permanece no Quartel do Choque  

O ex-militar poderá ser condenado a até 60 anos pelo assassinato dos irmãos médicos Marcelo e Leonardo Teixeira

Quatro anos e nove meses depois do duplo assassinato que chocou a opinião pública dos Municípios de Mombaça (a 296Km de Fortaleza) e Iguatu (384Km) a Justiça cearense julga, nesta terça-feira, o ex-capitão da Polícia Militar, Daniel Gomes Bezerra. Ele é acusado de assassinar, a tiro, os irmãos Leonardo e Marcelo Moreno Teixeira, na madrugada do dia 17 de março de 2007.

Se condenado à pena máxima pelos dois homicídios, o ex-PM receberá uma sentença de 60 anos de reclusão em regime fechado. O julgamento terá início às 9 horas de hoje no Fórum Clóvis Beviláqua, nesta Capital.

Crimes

O duplo assassinato ocorreu na cidade de Iguatu, durante uma briga por motivos banais em meio a uma bebedeira em praça pública. Bezerra está preso preventivamente desde a época do crime. Por medida de segurança, foi trazido para Fortaleza no mesmo dia do fato e, desde então, está recolhido nas dependências do Quartel do Batalhão de Polícia de Choque (BpChoque), no Centro. O processo que apurou o polêmico caso acabou sendo desaforado (transferido de foro) de Iguatu para Fortaleza a pedido da defesa do réu. O ex-capitão foi expulso das fileiras da PM em fevereiro de 2008, através de decisão do governador do Estado, Cid Gomes, e referendada pelo Tribunal de Justiça (TJ).

A desavença entre o então comandante do destacamento da PM de Mombaça e os dois irmãos médicos (filhos do ex-prefeito de Mombaça, Nelson Teixeira), ocorreu numa churrascaria. Em depoimento na Polícia, o ex-PM contou que as vítimas tentaram agredi-lo quando ele reclamou porque os dois estariam urinando próximo ao carro dele. No veículo estava a filha da namorada do militar, uma criança de dez anos.

"Ela (a menina) me chamou gritando, corri para o carro e vi um homem com a calça aberta", disse em depoimento na Polícia a auxiliar de escritório Weruska Pedroza Lima Gomes, 29, namorada do capitão Bezerra. Já o ex-oficial alegou legítima defesa. "Eu estava agarrado pela camisa, quando houve o segundo tiro, estava agarrado pelo pescoço. Efetuei os tiros para me livrar, se atingiu eles (as vítimas), foi uma fatalidade", disse o acusado das execuções.