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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Para Amantes de carro o ano é 1986, o ano do nascimento do uno.



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Quando o caderno nasceu, em 1986, os brasileiros ainda estavam atônitos com a desclassificação da Seleção Brasileira na Copa do México. Zico perdeu um penâlti e a França avançava nas semifinais. A Argentina foi a campeã.

O mundo automotivo também apresentava um outro campeão: o Fiat Prêmio - eleito o Carro do Ano por especialistas do segmento. Nessa década, a Fiat nem sonhava em ser a líder de mercado que é hoje, mas dava sinais que seus produtos mexeriam com o mercado. Na fatia do bolo, quem mandava era a General Motors, Ford e a Volkswagen.

Assim como a vida, de 1986 para cá, 2011, muitos veículos se transformaram com o tempo, alguns, com pouco tempo de existência, outros até deixaram de existir.

Opala, Monza, Santana, Gol, Kadett, Uno, Corsa, Vectra despertavam o sonho de jovens na segunda metade da década de oitenta e foram muito desejados. Destes, alguns exemplares permanecem no mercado, como o Gol e Uno. Vectra e Corsa se despediram neste ano.

Em 1986, as versões do Gol que utilizavam o motor arrefecido a água tinham a denominação S ou LS, tendo variações de acabamento. De acordo com alguns historiadores automobilísticos, nesse mesmo ano, foi sorteado pela Phillips 15 veículos Gol com kits aerodinâmicos fabricados pela SR (Souza Ramos). Esse foi o último ano com a opção do Gol refrigerado a ar. Com o passar dos anos, essas versões ganharam diversos apelidos, sempre se referindo ao barulho característico do funcionamento do motor. Enquanto novos, eram carros silenciosos, mas com
o passar do tempo se tornam barulhentos, justificando apelidos de "Chaleirinha", "Batedeira" ou até "Helicóptero".

Outro modelo que é daquela época é o Uno. Ano passado foi lançado um novo modelo totalmente renovado, equipado com motores 1.0 e 1.4 litros. Entretanto, para quem se lembra, em 1986 nascia o Uno Turbo i.e., em que o motor de 1,3 litro (1.299 cm3, e que mais tarde seria trocado por um de 1.301 cm3) recebia turbocompressor e injeção eletrônica, gerando 105 cv. Foi oferecido com painel digital e freios a disco.

Em junho aparecia o motor Fire, de produção totalmente automatizada, com 1,0 litro (999 cm3 e 45 cv) -- um parente do que agora existe no Brasil atualmente. No ano seguinte era lançado o Uno Turbodiesel, com motor de 1.367 cm3 e acabamento externo similar ao do Turbo i.e.

Embora atualmente líder, a Fiat produziu modelos que deixaram de existir, como o Prêmio, por exemplo. Lançado um ano antes do nascimento deste Suplemento, em 1985, o modelo foi um sedan compacto da marca italiana derivado do Uno. Diga-se de passagem que o carro não foi um campeão de vendas como o Uno, mas curiosamente, depois o Prêmio foi fabricado na Argentina e tinha no espaço interno e no bagageiro farto suas vantagens.

Em 1992, quando o Prêmio ia mal de vendas, eles pararam a fabricação no Brasil e começaram a importá-lo da Argentina, com outro nome, Fiat Duna. Nada de diferente, só o nome, o Duna durou por três anos e então sua fabricação foi finalmente encerrada.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1073528