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sábado, 12 de novembro de 2011

Redução de tributo não impede alta da gasolina

A pesquisa do Procon mostra que o preço mais comum para a gasolina é R$ 2,69, por litro, nos postos de Natal e de Nova Parnamirim

A pesquisa do Procon mostra que o preço mais comum para a gasolina é R$ 2,69, por litro, nos postos de Natal e de Nova Parnamirim


A gasolina em Natal está R$ 0,10 mais cara esta semana, em relação a outubro. O valor do litro passou de R$ 2,59 para R$ 2,69, num intervalo de 25 dias. Os números fazem parte de Pesquisa  divulgada ontem pelo Procon Natal. O aumento nos postos ocorre uma semana após a Petrobras reajustar os preços nas distribuidoras e  vai de encontro a medidas governamentais para conter o reajuste nas bombas. A redução da alíquota de  Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um tributo que incide sobre os combustíveis, parece não surtir efeito, ao menos, na capital potiguar.

A pesquisa do Procon mostra que o preço médio da gasolina comum é de R$ 2,633, podendo chegar a R$ 2,699, e da gasolina  aditivada R$ 2,680, com o maior preço a R$ 2,799, em alguns postos. Em 18 de outubro, data da pesquisa anterior feita pelo Procon, a gasolina comum custava em média R$ 2,586 e a aditivada, R$ 2,630. O levantamento mais recente foi realizado na última segunda-feira, dia 7, junto a 128 postos de combustíveis de Natal e Nova Parnamirim. E aponta que a diferença entre o maior preço (R$ 2,699) e o menor preço (R$ 2,529) do litro atualmente é de R$ 0,17, em média 6,72%. 

Embora a pesquisa demonstre que os postos localizados na Zona Norte de Natal (R$ 2,574, preço médio) vendem mais barato em relação aos da Zona Sul (R$ 2,674, preço médio) da cidade, a TRIBUNA DO NORTE constatou prática de valores similares. Em um posto ALE, da avenida João Medeiros Filho, próximo a Ponte Newton Navarro, a gasolina comum é comercializada por R$ 2,699 e a aditivada por R$ 2,720.

Alessandro Ulisses, gerente de um posto de bandeira BR, na avenida Bernardo Vieira, explica que dois fatores corroboram para o aumento  no preço: o fim do período promocional por cerca de dois meses - ocasionado após investigações do Ministério Público sobre formação de cartel - e o aumento repassado pelas distribuidoras. "A redução de imposto não influenciou", disse.

O funcionário público Leonardo Dantas Araújo, 28 anos, disse que um aumento gradativo ocorre desde que os protestos e a fiscalização mais intensa dos órgãos "se calaram". "Hoje pela manhã eu passei aqui e era R$ 2,599. Agora (15h20minutos) já está R$ 2,660. Vou procurar outro posto", disse enquanto saída de um posto, no conjunto Santa Catarina. 

Hermann Trindade, 36 anos, ressalta que mesmo mais cara, ainda é mais vantajoso abastecer com  gasolina em relação ao etanol "para o rendimento do carro e para o bolso". A constatação é amparada pela pesquisa do Procon Natal. 

Apesar da queda no preço do etanol, em torno de 0,24%, cerca de cinco centavos, em relação a outubro, o Procon ressalta que "como o preço do etanol corresponde a 83% do valor da gasolina, não é vantagem para o consumidor que possui carro flex, abastecer com etanol. Para ser vantajoso, o ideal é que o preço do etanol seja no máximo 70% do valor da gasolina. Para fazer a conta, basta dividir o valor do litro do etanol pelo da gasolina. 

A redução da alíquota da Cide foi determinada pelo governo federal, e reduziu a cobrança do tributo na gasolina em R$ 0,10, de R$ 0,192 por litro para R$ 0,091 por litro. Já no caso do óleo diesel, a redução foi de R$ 0,07 por litro, para R$ 0,047 por litro. A iniciativa será válida por oito meses, até 30 de junho de 2012.

A TRIBUNA DO NORTE  tentou, sem sucesso, contato com a direção do Sindipostos no Rio Grande do Norte para falar sobre o mercado e a variação de preços no mercado potiguar.